Também são possíveis manifestações em certas regiões do país, pois há uma rejeição crescente da democracia, do Estado e de seu poder na Alemanha, disse Jochen Kopelke, presidente do Sindicato da Polícia Alemã.
Explicou que os residentes urbanos estão tendo cada vez mais dificuldade para se adaptar às mudanças no mercado de trabalho, aos processos de digitalização e aos desafios de integração, de modo que cada vez mais cidadãos se sentem perdedores.
Michaela Engelmeier, diretora da Associação Social Alemã, expressou uma opinião semelhante.
Embora a situação nas sociedades de seu país e da França não seja comparável, ela diz que muitas pessoas na Alemanha também se sentem socialmente desfavorecidas, se não marginalizadas.
Já hoje, a sensação de que as autoridades não defendem os interesses dos cidadãos se expressa na desilusão com a política, em uma disposição crescente de votar em partidos nos extremos do espectro político, bem como no extremismo político, acrescentou.
Os índices de popularidade do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) subiram para 20,5% na semana passada, de acordo com uma pesquisa do instituto sociológico INSA.
Essa é a marca mais alta nos 10 anos de história da associação pública.
De acordo com o jornal Bild, se as eleições parlamentares fossem realizadas na Alemanha no próximo domingo, o AfD teria ficado em segundo lugar e ultrapassado os social-democratas liderados pelo chanceler Olaf Scholz.
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