Uma declaração da Chancelaria indicou que nas próximas semanas e de acordo com o procedimento estabelecido, Caracas entregará os elementos que sustentam seu recurso, com a denúncia de cada uma das falhas na decisão da referida Câmara, que são claramente contrária à verdade e à justiça.
A sala de Questões Preliminares da CPI autorizou no final de junho a retomada das investigações no caso denominado “Venezuela I”, que foi rejeitado pela Chancelaria.
O Governo da Venezuela ratificou esta terça-feira que continuará a fazer uso de todas as ações disponíveis no Direito Internacional para defender a verdade e garantir os seus direitos como nação, contra esta ofensiva que utiliza abertamente o quadro institucional do Tribunal Penal Internacional para fins políticos.
Na semana passada, as autoridades venezuelanas indicaram em outro comunicado que, a partir do momento em que a Procuradoria do CPI O Exame Prévio teve início em fevereiro de 2018 e, ao longo de todo o processo, denunciou a intenção de utilizar os mecanismos da justiça penal internacional para fins políticos.
Isso, afirmou, está ligado à estratégia de “mudança de regime” promovida pelas autoridades dos Estados Unidos.
O texto denuncia que, no âmbito desta estratégia, operadores políticos nacionais e internacionais “têm tentado sustentar uma acusação de alegados crimes contra a humanidade” que nunca ocorreram.
Promovido, disse, a partir da manipulação deliberada de um reduzido conjunto de crimes contra os direitos humanos que foram ou estão sendo investigados e punidos pelas autoridades do Sistema de Justiça venezuelano.
A República Bolivariana lamentou que a decisão da Câmara de Questões Preliminares presta-se a “incentivar e contribuir para esta manobra”, o que desnatura claramente a razão de ser do CPI e mina sua credibilidade como órgão de justiça internacional, apesar de todas as informações que lhe são disponibilizadas.
Tendo em vista esta decisão, Venezuela vai apelar antes a sala, continuando a fazer uso das ações previstas no Estatuto de Roma e no Direito Internacional para defender a verdade e garantir seus direitos como nação, disse a nota.
O escrito considerou esta ação ofensiva aberta que utiliza a institucionalidade do Tribunal Penal Internacional para fins contrários à sua natureza e aos objetivos que perseguiu com a sua criação.
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