“Nossa fênix acaba de partir”, postou a companhia na rede social Instagram junto com uma foto alegre e sem camisa do renomado diretor teatral.
Zé Celso deu entrada no dia 4 de julho na UTI do Hospital das Clínicas de São Paulo após um incêndio em seu apartamento, no Paraíso, Zona Sul da capital paulista.
Ele teve 53% de seu corpo queimado, sedado, entubado e em ventilação mecânica.
Além do dramaturgo, estavam no apartamento Marcelo Drummond, o companheiro do escritor, Ricardo Bittencourt, Victor Rosa e o cachorro Nagô. Os três, incluindo o animal, foram mantidos em observação por terem inalado muita fumaça.
O portal G1 garante que Zé Celso, nascido em Araraquara (interior de São Paulo) em 1937, é conhecido pelo jeito excêntrico e ousado de montar suas peças, provocar e interagir com o público.
“Ele fez história ao criar uma arte experimental, política e sensorial, que sempre dialogou com seu tempo e outras manifestações artísticas, como música, poesia e audiovisuais”, refere o site.
Com seu Teatro Oficina, desafiou a censura da ditadura militar (1964-1985) e tornou-se um dos principais exemplos do chamado tropicalismo nas artes cênicas.
Sua influência artística foi além dos palcos, aparecendo também no cinema, como 25 e O rei de la vela, que 15 anos antes fizeram história na dramaturgia com o espetáculo de mesmo nome.
Envolto em um constante desejo de renovação, Zé Celso provocava atores e plateias, sempre pautado pela realidade política e cultural do Brasil.
rgh/ocs/hb