Em um comunicado, a organização expressou sua “profunda preocupação” com a notícia do chamado evento União Europeia-América Latina e Caribe (ALC): parceiros para a mudança, que será realizado presencial e virtualmente, por meio do Fórum Política de Desenvolvimento e da Fundação UE-ALC.
Esse evento contará com a participação de jovens, da sociedade civil e de autoridades locais, disse ele.
Denunciamos a realização deste Fórum convocado pela UE de forma ‘unilateral e não transparente’, para o qual foram convidadas diretamente organizações e representantes da sociedade civil da Europa e da América Latina e Caribe ‘cujos critérios de seleção são desconhecidos’, afirmou o texto.
A nota assinalou que os delegados foram escolhidos sem levar em conta a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), nem o esforço que a sociedade civil está organizando atualmente como CELAC Social em torno desse bloco de integração.
ALBA Movimientos assinalou que até o momento não se conhecem os nomes dos setores convidados a participar deste Fórum e que, além disso, o Fórum busca apresentar, “sem nenhuma legitimidade e representatividade do espírito integracionista da sociedade civil dos países da Celac”, suas conclusões à Cúpula oficial, como se fosse um consenso da sociedade civil birregional.
Rejeitamos que isso aconteça dessa forma, quando esse Fórum ‘exclui participantes, vozes e a discussão de questões que são de extrema importância para os povos de nossa região’, em um contexto de profunda crise econômica, política, ética, energética e ambiental, e a necessidade urgente de reformar a estrutura financeira e a ordem econômica internacional, enfatizou.
Destacou que os movimentos sociais e representantes de diferentes expressões da sociedade civil da ALC e da Europa vêm promovendo o desenvolvimento da Cúpula dos Povos, com o objetivo de garantir a “presença democrática e plural das forças sociais”, cujas vozes são fundamentais para qualquer iniciativa birregional.
A Articulação afirmou que os povos da América Latina e do Caribe terão um fórum democrático e plural na Cúpula dos Povos nos dias 17 e 18 de julho em Bruxelas, “fora e em rejeição a qualquer interferência externa nas relações birregionais”.
Rejeitamos esse Fórum que será realizado em nome das ‘vozes da sociedade civil’ e não o descartamos como um teatro montado para dar voz a posições contrarrevolucionárias financiadas por ONGs e think tanks da direita em nosso continente e na Europa, observou ele.
Os movimentos sociais afirmaram que agora é o momento de ambas as regiões alcançarem uma relação de cooperação, direta, transparente e independente de interferência externa, a fim de consolidar relações equilibradas e justas com base no pleno respeito à soberania nacional e ao princípio da autodeterminação dos povos.
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