De acordo com a edição eletrônica do Jornal de Angola, o pacto foi assinado no dia anterior na cidade de Kinshasa, capital da vizinha RDC, entre os respectivos ministros do setor.
O ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, destacou que o compromisso é resultado de um amplo processo de negociação iniciado em 2020 para definir a governança e a gestão do espaço marítimo de interesse comum, com base na atividade do setor.
Como parte das conversações, em junho de 2023, os dois governos concordaram com o modelo de contrato de compartilhamento de produção, que contém os principais termos a serem negociados com as operadoras, disse o relatório da mídia.
Vinte anos após a assinatura do primeiro memorando, os dois países devem agora ser rápidos na implementação dos acordos, uma vez que a transição energética global começa a apresentar alguns desafios para a indústria petrolífera, disse Azevedo, citado pelo Jornal de Angola.
Assim que o protocolo sobre a operação e o gerenciamento da ZIC for concluído, as entidades concessionárias de ambos os estados terão que entrar em negociações com a operadora, disse o funcionário.
O ministro de hidrocarbonetos do Congo Democrático, Didier Ntubanga, também endossou a importância do instrumento legal porque, segundo ele, abre caminho para a negociação do contrato de compartilhamento de produção com o grupo de empreiteiras liderado pela empresa petrolífera norte-americana Chevron.
De acordo com dados oficiais, a ZIC é uma demarcação marítima localizada entre o sul do Bloco 14 e o norte dos Blocos 1, 15 e 31 das concessões petrolíferas angolanas.
Também em Kinshasa, ontem, a empresa angolana Sonangol assinou um acordo com as suas congêneres Sonahydroc e Covil para o fornecimento de derivados de petróleo à RDC, informou a agência de notícias Angop. jha/mjm/bm