Com o ato, foi instituída a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas em Saúde, que deve aumentar o número de médicos que atuam na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente em regiões de maior vulnerabilidade.
Até o final do ano, 15 mil médicos serão contratados para atuar dentro do gigante sul-americano e nas periferias das grandes cidades.
Com isso, o número de profissionais participantes vai dobrar, chegando a 28 mil e garantindo a atenção básica para quase 96 milhões de brasileiros.
Falando na cerimônia, Lula lamentou que o programa tenha sido desmantelado ao longo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Quando Alexandre Padilha (ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff (2011-2016) criou o Mais Médicos, não imaginava que alguém fosse conseguir terminar”, disse o ex-sindicalista para garantir adiante: “Agora, é veio para ficar.”
Lula pediu que toda a sociedade defenda o Mais Médicos e o SUS, que não é de nenhum governo, mas do povo brasileiro. ”
O SUS é nosso. Só temos que aperfeiçoá-lo, aprimorá-lo e valorizá-lo nossos profissionais, do porteiro ao médico, para que a saúde cumpra sua função de salvar vidas”, pregou.
E o Mais Médicos é uma forma de melhorar o SUS, destacou, porque “com ele, a gente leva, ao máximo cantos distantes deste país e para as periferias abandonadas, o direito para que o cidadão seja tratado com decência”.
Disse que não basta ter o médico. “É preciso que ele esteja onde está o povo. Mais Médicos é a oportunidade de levar os profissionais até o paciente, dando a ele o respeito que o ser humano precisa ter neste país.
Na mesma cerimónia, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou que, no primeiro edital apresentado este ano, foram oferecidas 5.900 vagas, para as quais havia uma marca de 34.000 médicos inscritos.
Dos primeiros selecionados, 3.600 médicos atuam em todo o Brasil e 1.300 estão em processo de acolhimento da iniciativa, instituída em 2013 durante o governo Dilma Rousseff.
Os médicos vieram de vários países, incluindo Cuba, que revalidou em 14 de novembro de 2019 a solidariedade e a vocação humanista demonstrada por seus profissionais de saúde em dezenas de países, ao anunciar a saída do Mais Médicos, diante das condições e declarações depreciativas do então elegeu o governante Bolsonaro sobre sua equipe.
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