Em declarações à Prensa Latina, o ministro disse que se pretende expandir os mercados tradicionais nessa área geográfica, como México, Colômbia, Panamá e Argentina, que há anos enviam viajantes para a nação antilhana, e, ao mesmo tempo, aumentar a presença em outros territórios, como Bolívia, Peru, Venezuela e Brasil, sendo este último particularmente importante devido à sua grande dimensão.
De acordo com García Granda, que falou na quarta-feira sobre o desempenho do setor na Comissão de Serviços da Assembleia Nacional do Poder Popular, Cuba deve responder com inteligência e diversificação diante dos obstáculos impostos pelo bloqueio imposto pelos Estados Unidos há mais de 60 anos.
Além da América Latina e do Caribe, área à qual será dedicada a Feira Internacional de Turismo da ilha no próximo ano, ele considerou necessário olhar também para outros países um pouco mais distantes, mas que podem dar bons frutos, como a China e a Turquia, além da Rússia.
Esta última ocupa atualmente o quarto lugar em termos de número de visitantes enviados à maior das Antilhas, atrás do Canadá, dos cubanos residentes no exterior e dos Estados Unidos, mas o ministro disse aos deputados que, no futuro, ela deverá se posicionar em segundo ou terceiro lugar.
Em relação ao Canadá, que continua sendo o território com mais turistas no país caribenho, o ministro garantiu a esta agência que eles continuam apostando na manutenção desse mercado, com o qual existe uma estreita relação bilateral construída ao longo de muitos anos.
O Canadá nos conhece, há um nível de satisfação muito alto, há milhões e milhões de pessoas que vieram e se divertiram aqui, enfatizou ele sobre a nação do norte, que no primeiro semestre de 2023 enviou mais de 583 mil turistas a Cuba, dos quase 1,3 milhão que chegaram ao país nessa fase.
No entanto, ele afirmou que o desenvolvimento do turismo cubano não pode ser sustentado em apenas um lugar, razão pela qual a diversificação mencionada é importante, não apenas em relação aos emissores, mas também em relação às opções oferecidas.
Estamos falando de mercados diferentes, mas também estamos falando de uma variedade de produtos. Temos nosso produto estrela, sol e praia, mas também temos uma proposta cultural invejável, muitos de nossos circuitos são baseados no patrimônio, e trabalhamos com o Ministério da Saúde Pública para criar um turismo atraente de bem-estar e qualidade de vida, disse ele.
Da mesma forma, ele se referiu ao valor do turismo de natureza e do turismo de eventos, uma área em que Cuba tem muitas possibilidades, como evidenciado pela recente realização na cidade de Varadero de uma reunião da Federação de Organizadores de Congressos e Entidades Afins da América Latina.
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