Durante o segmento ministerial do 6º Comitê Técnico Especializado (STC) de Finanças, Assuntos Monetários, Planejamento Econômico e Integração da UA que se reuniu em Nairobi, no Quênia, perguntou-se também aos participantes como é que os desafios estruturais da Arquitetura Financeira Global impactam na economia africana.
O que África pode fazer para aumentar o investimento de 20 por cento do Produto Interno Bruto para 40 por cento e como impulsionar o investimento intra-africano e privado foram algumas das questões debatidas durante o encontro que decorre até amanhã, informou a União na sua conta no Twitter.
Referindo-se à dívida, o ministro das Finanças de Eswatini e presidente do Bureau do STC, Neal Rijkenberg, disse que não é um problema em princípio, mas a sua gestão e utilização são os principais desafios a enfrentar.
“Há uma necessidade urgente de usar a dívida para financiar os projetos mais produtivos que gerem crescimento suficiente para pagar a dívida no futuro”, alertou.
A secretária executiva adjunta e economista chefe da Comissão Econômica das Nações Unidas para África, Hanan Morsy, explicou que as reformas da arquitetura financeira global devem ser acompanhadas por um quadro fiscal internacional que garanta os direitos fiscais dos países africanos de forma inclusiva e equitativa.
Como tal, acrescentou, é essencial formular uma posição africana sobre a Convenção Fiscal da ONU.
Por sua vez, o Comissário da UA para o Comércio e Indústria, Albert Muchanga, disse que este comitê pode ser tão forte quanto os Estados-membros o desejem porque, para além da criação de uma agência, é necessário melhorar a transparência dos dados.
Muchanga revelou a estimativa de que uma melhor transparência dos dados poderia reduzir os diferenciais dos títulos africanos em 14,5 pontos percentuais e a dívida externa em pelo menos US$ 400 milhões.
A reunião, que decorre sob o tema “África para além da crise: desenvolver uma agenda de investimento, crescimento sustentável e prosperidade partilhada”, dará aos Estados-membros a oportunidade de se concentrarem nas suas prioridades para atrair mais investimento para alcançar a transformação socioeconômica.
Considerada a principal conferência dos ministros africanos responsáveis pelas finanças, economia, a planificação, integração e desenvolvimento econômico e dos governadores dos bancos centrais, é responsável por acompanhar a implementação da agenda de integração do continente.
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