De acordo com dados do Ministério da Saúde, pelo menos 58.859 pessoas apresentaram sintomas da doença, das quais 3.583 foram diagnosticadas com o vírus, que causa vômito, diarreia e desidratação.
De outubro até agora, mais de 52.000 pessoas precisaram de assistência médica e foram hospitalizadas para tratar os sintomas, enquanto a maioria das mortes foi registrada em centros de saúde.
Em junho passado, a Organização Mundial da Saúde alertou que a cólera está se espalhando em um ritmo preocupante no país caribenho.
Em uma coletiva de imprensa, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da organização, alertou que existe o risco de surtos de outras doenças, como tuberculose, sarampo e poliomielite, enquanto seus serviços de saúde são extremamente deficientes.
A doença ressurgiu no Haiti três anos após o último caso relatado e ocorre em meio a uma grave crise social, política, econômica e de segurança que limitou o acesso de milhares de cidadãos ao atendimento médico.
Além disso, o maior número de casos é registrado na capital e nas cidades vizinhas, que estão sob a influência de gangues armadas, responsáveis por milhares de mortes e sequestros em 2022.
Em 2010, após um terremoto no país caribenho, uma epidemia de cólera ceifou mais de 10.000 vidas e deixou cerca de 820.000 pessoas doentes, de acordo com dados oficiais, embora organizações sociais e políticas estimem que os números sejam ainda maiores.
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