Os números foram divulgados em conexão com uma recente tragédia no Alasca, onde a polícia estadual informou que no domingo uma criança atirou e matou outra criança com um rifle enquanto elas brincavam.
Até agora, neste ano, ocorreram cerca de 229 tiroteios não intencionais por crianças nos Estados Unidos, com um saldo de 81 mortos e 156 feridos, de acordo com dados de organizações especializadas.
Por outro lado, o Centro Legal Giffords definiu a violência armada como uma crise de saúde pública e disse que os afro-americanos são os que correm maior risco de homicídio.
As estatísticas mostram ainda que, em média, cerca de 200 cidadãos são feridos não fatalmente por armas de fogo todos os dias, enquanto a violência armada encontrou seu caminho em quase todos os aspectos da vida americana.
Dos 20 estados com as maiores taxas de mortes por armas de fogo, 17 receberam suspensões por suas leis frouxas, observou o Centro Jurídico.
O Mississippi, um estado com algumas das leis de armas mais fracas do país, tem uma taxa de mortalidade por armas 10 vezes maior que a de Massachusetts, que tem algumas das leis de armas mais rígidas, disse ele.
Ao mesmo tempo, destacou que até que todos os estados do país enfrentem o lobby das armas, esse tipo de violência continuará devastando as comunidades.
Recentemente, a Daniel Defense, uma empresa sediada na Geórgia, publicou anúncios nas mídias sociais promovendo um soldado com um AR-15 acompanhado do slogan “Use o que eles usam”.
Uma pesquisa do The Washington Post e da Ipsos revelou que um em cada 20 adultos nos Estados Unidos, cerca de 16 milhões de pessoas em todo o país, possui um rifle do tipo AR-15.
Por sua vez, a Fundação Nacional de Tiro Esportivo afirmou que, somente em 2020, os fabricantes desse setor produziram cerca de 2,5 milhões de AR-15 aqui, ou, comparativamente, uma em cada quatro armas.
Estatísticas recentes do Post mostraram que o tipo de arma mais utilizada pelos agressores é o fuzil AR-15.
Esse rifle foi usado em pelo menos 10 dos 17 tiroteios em massa mais mortíferos nos Estados Unidos desde 2012, incluindo os massacres de Las Vegas (2017), Sandy Hook (2012), Parkland (2018) e Uvalde (2022), disse o jornal
jha/dfm/cm