É o grande momento para a união das organizações e instituições políticas, solidárias, sindicais e de cooperação que desejam colaborar com Cuba em uma plataforma comum que abranja tanto a esfera política como a econômica, esta última chave para enfrentar o bloqueio, afirmou em diálogo com a Prensa Latina nesta capital.

Segundo Fernández, todas as pessoas dispostas a lutar contra o cerco econômico, comercial e financeiro de mais de 60 anos devem se inspirar na unidade do povo cubano contra as agressões.

“Com a aplicação do conceito de unidade, a nação antilhana e sua Revolução resistiram ano após ano, entregaram ao imperialismo sua primeira derrota na América Latina nas areias de Praia Girón, em abril de 1961, promoveram o internacionalismo e conseguiram o retorno do menino Elián González e os cinco heróis”, enfatizou.

Para o presidente do CubaCoop, momentos relevantes estão chegando na batalha para denunciar, condenar e enfraquecer o bloqueio, política que qualificou como criminosa e inaceitável.

Nesse sentido, mencionou a iniciativa do Partido Comunista Francês (PCF) de lançar uma campanha contra o bloqueio na festa político-cultural Fête de l’Humanité, prevista de 15 a 17 de setembro; a celebração naquele espaço do segundo fórum europeu de apoio a Cuba e a realização em novembro em Bruxelas do Tribunal Internacional contra o bloqueio.

No mês passado, a Cúpula dos Povos sediada na capital belga anunciou a convocação ao Tribunal, um chamado conjunto de organizações jurídicas, sociais, sindicais e políticas europeias, latino-americanas e americanas para julgar e repudiar o cerco vigente há mais de seis décadas.

Fernández insistiu que, além do apoio político, a ilha assediada precisa de apoio em seu desenvolvimento socioeconômico, prejudicado pelas medidas unilaterais de Washington.

Daí a importância da aliança estratégica na França e em outros países, para pressionar pela inserção econômica e bancária de Cuba no espaço da União Europeia, acrescentou.

A extraterritorialidade do bloqueio estadunidense impacta empresas, bancos e cidadãos europeus, que são ameaçados e punidos com sanções caso mantenham vínculos comerciais e financeiros com a nação caribenha.

O presidente da CubaCoop considerou fundamental conseguir, por meio da unidade e do trabalho conjunto, o cumprimento das trinta resoluções que na Assembleia Geral da ONU exigem dos Estados Unidos desde 1992 o fim de sua política hostil ao país caribenho, intensificada nos últimos anos, mesmo em meio à pandemia de Covid-19.

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