Os fatos ocorreram em 4 de agosto do mesmo ano em um local central desta cidade, provavelmente devido a erros no manuseio dos explosivos, que causaram a morte dos jovens de Guantánamo Enrique Rodríguez, Fabio Rosell e Abelardo Cuza.
Nas horas seguintes à tragédia, outros dois integrantes desse grupo insurgente clandestino foram perseguidos e mortos por pistoleiros do ditador Fulgêncio Batista (1952-1958): Jesús Martín (Holguín, norte de Oriente) e Gustavo Fraga, (Matanzas, no Oeste).
Motivados por este fato histórico, tornou-se comum a peregrinação de artistas e citadinos da AHS desde o centro da cidade até ao Obelisco dos Mártires de 4 de agosto, onde um monumento evoca o acontecimento.
De acordo com o programa do evento, expoentes de várias gerações do movimento Nueva Trova, como Heidi Igualada, Josué Oliva e Tony Ávila, reunir-se-ão esta manhã ao pé deste monumental complexo.
Os trovadores reunidos naquele local histórico apresentarão canções alusivas aos heróis do país na véspera do 4 de agosto, declarado Dia dos Mártires de Guantánamo.
Da mesma forma, com discursos de líderes políticos e governamentais da província, é lembrado o evento fatal e sua marca na façanha libertária, selada com o triunfo revolucionário de 1º de janeiro de 1959.
Notas de historiadores, amplamente divulgadas pela imprensa local, mostram que por volta das 14h30 (horário local) do dia em questão, uma forte detonação sacudiu a cidade, espalhando uma nuvem de poeira de uma casa que havia sido transformada em escombros.
Na Rua Aguilera, 751, entre Santa Rita e San Gregorio, funcionava uma fábrica clandestina de explosivos do referido movimento insurgente; Dentro da casa danificada, um túnel guardava caixas de dinamite, armas de fogo e vários componentes químicos.
Esses recursos abasteceram as forças do Exército Rebelde, comandado por Fidel Castro Ruz desde a Serra Maestra, na província vizinha de Santiago de Cuba, bem como células clandestinas do movimento 26 de julho em outras regiões do país.
Está documentado que nos dias anteriores ao evento fatal, a liderança insurgente indicou aumentar o arsenal de guerra doméstica ali fabricado para apoiar as ações de rua na província vizinha.
Nesse esforço, presume-se que a obra deveria ter negligenciado os protocolos elementares de segurança que acabaram causando o acidente fatal. Apesar disso, a organização não foi enfraquecida, dizem os historiadores locais.
O Movimento 26 de Julho, concebido para a luta armada na clandestinidade e, portanto, obrigado a aprimorar seus recursos operacionais na obra da conspiração, ganhou experiência, dizem os pesquisadores Luis Figueras e Marisel Salles.
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