Em declarações à estação de rádio Voz da Palestina, Ayed Abu Qutaish, diretor daquela Organização Não Governamental, explicou que 160 deles continuam detidos em prisões israelenses, incluindo 21 sob a política de detenções administrativas.
Essa regra é usada para prender palestinos por intervalos renováveis que normalmente variam de três a seis meses com base em evidências não divulgadas, que até mesmo o advogado do réu é proibido de ver.
Abu Qutasish alertou que o assassinato e prisão de crianças e jovens se intensificou de forma sem precedentes.
Ele também criticou a comunidade internacional por não fornecer proteção a esse setor da população ou responsabilizar Israel por seus crimes.
Em junho, a Defense for Children International destacou, com base em sua pesquisa, que os soldados rotineiramente visam as partes superiores do corpo ao atirar em crianças palestinas, seja com a intenção de matar ou causar incapacidade permanente.
As tropas de ocupação usam força letal contra menores em circunstâncias que equivalem a execuções extrajudiciais ou premeditadas, enfatizou na ocasião.
No mesmo mês, o Ministério Palestino de Relações Exteriores e Expatriados condenou a brutalidade israelense contra menores nos territórios ocupados.
“Israel não está apenas matando crianças palestinas, está privando-as de seus direitos humanos básicos, impedindo seu acesso à educação, removendo-as à força de suas casas, detendo-as e torturando-as e negando-lhes o direito à vida”, disse ele.
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