Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão disse que seu executivo está preocupado com a situação do político nigeriano.
Gostaria de enfatizar mais uma vez neste ponto nossa mensagem aos golpistas de que devem esperar duras consequências pessoais se algo acontecer ao presidente democraticamente eleito e sua família, enfatizou o porta-voz.
Além disso, acrescentou que o governo alemão aguarda respostas aos esforços de mediação da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O ultimato dado por aquele organismo à junta militar que governa o Níger desde finais de julho expirou no fim-de-semana passado.
Refira-se que naqueles dias milhares de nigerianos saíram às ruas de Niamey, a capital, para defender os golpistas que tomaram o poder e prenderam o presidente Bazoum.
O protesto foi organizado pelo M62, um dos principais movimentos de oposição, cujos líderes durante meses denunciaram ser vítimas de perseguições políticas por ordem do presidente deposto.
Segundo noticiou a imprensa local, a marcha decorreu num clima de grande tensão e apelo à saída de todas as tropas francesas do país e decorreu a pedido do líder golpista e antigo chefe da Guarda Presidencial, general Abdourahmane Tchiani.
Por seu lado, o porta-voz do ministério alemão não descartou uma intervenção militar “se necessário, a convite dos órgãos constitucionais representativos do Níger”, ou seja, “do governo democraticamente eleito”.
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