Membros de organizações como Hijos e defensores dos direitos humanos exigiram a punição dos responsáveis pela privação ilegal de liberdade, aplicação de tortura e homicídios de mais de 100 pessoas. Segundo um comunicado oficial, o processo instaurado neste dia abrange os crimes cometidos na jurisdição da VII Brigada de Infantaria, que tinha sede na cidade de Corrientes e também era responsável pelos territórios de Chaco, Formosa e Misiones.
Vários centros clandestinos de detenção atuavam naquela região e um deles estava localizado no 9º Regimento de Infantaria (RI 9).
Entre os réus estão Eduardo Antonio Cardoso, Alfredo Carlos Farmache e José Emilio Mechulán, comandantes da VII Brigada; e Abelardo Carlos De la Vega e Horacio Losito, funcionários do RI, que também enfrentam acusações de associação ilícita.
Participou da audiência o secretário de Direitos Humanos, Horacio Pietragalla, que acompanha vítimas e familiares em um processo no qual esse órgão é denunciante.
Este é o décimo julgamento por crimes contra a humanidade realizado na província e, ao todo, desde o fim da ditadura, 1.179 indivíduos genocidas foram condenados na Argentina.
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