Numa carta dirigida ao presidente, a que Prensa Latina teve acesso, o presidente da entidade, Víctor Fernández, pediu-lhe que garantisse que apenas as leis francesas e da União Europeia (UE) se aplicam à banca em solo francês.
Os bancos franceses devem parar de se curvar às regras extraterritoriais estrangeiras destinadas a contornar a legislação europeia, para que nossa associação e outras possam realizar seu trabalho sem obstáculos, enfatizou.
A carta responde à informação que CubaCoop recebeu no início de agosto do Banque Populaire Rives de Paris, notificando-o do encerramento de sua conta corrente.
Fernández explicou a Macron que, embora a entidade em questão não tenha contestado oficialmente sua decisão, tudo indica que responde à extraterritorialidade do bloqueio econômico, comercial e financeiro que Cuba sofre há mais de seis décadas e, em particular, à sua inclusão na lista unilateral de Washington de países que patrocinam o terrorismo.
Nossa conta não teve nenhuma dificuldade, acrescentou.
Na carta, comenta que há 28 anos a entidade trabalha em prol da cooperação bilateral, objetivo concretizado através de dezenas de projetos de desenvolvimento socioeconômico em setores que vão desde a água e saneamento até à alimentação, energias renováveis, cultura e esporte.
Da mesma forma, Fernández denunciou que os bancos franceses temem as sanções dos Estados Unidos, um cenário que qualificou como inaceitável.
Há 30 anos, a França apoia a resolução que é apresentada anualmente na Assembleia Geral da ONU sobre a necessidade de acabar com o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, lembrou.
Do mesmo modo, frisou que a associação desenvolve, em conjunto com outras, ações para impedir a aplicação da extraterritorialidade no velho continente, entre as quais a entrega em Janeiro de uma petição ao Parlamento Europeu, iniciativa aceite pela instituição.
jha/wmr/ls