Uma análise publicada na sexta-feira no site especializado La Svolta, com base em relatórios recentes do Instituto Nacional de Estatística (Istat), informa que anteriormente, em 2022, apenas 393.000 crianças nasceram no país, o número mais baixo observado por essa agência governamental.
Em 2020, o Istat estabeleceu o recorde negativo anterior em termos de nascimentos, com 405.000, e em 31 de dezembro daquele ano essa nação tinha uma população de 59.236.213 pessoas, um número que vem diminuindo, já que em 2022 havia apenas sete recém-nascidos e mais de 12 mortes por 1.000 habitantes, diz a fonte. O estudo leva em conta os resultados de uma pesquisa conjunta realizada pela agência Ipsos e pelo Departamento de Pesquisa da Legacoop, segundo a qual 74% dos entrevistados consideram o problema da queda da taxa de natalidade grave e que precisa de atenção urgente.
Quase 80,0% das mulheres pesquisadas afirmaram que tinham medo de que ter filhos as levasse a perder o emprego.
Para 70,0% das pessoas, os salários são muito baixos para lidar com o aumento do custo de vida, enquanto a porcentagem dos que acham que a falta de apoio público pesa sobre os custos de criação dos filhos aumentou para 59,0%.
A análise conclui que “as consequências da queda da taxa de natalidade não dizem respeito apenas à saúde social do país, mas também à saúde econômica” e propõe, entre as ações para enfrentar esse problema, a assistência financeira, bem como a extensão da licença paternidade obrigatória e o aumento dos serviços de creche.
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