Foi criado nesta capital, em 11 de agosto de 1966, enquanto o IV Congresso Estudantil Latino-Americano (CLAE) estava em sessão por proposta do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro.
A Prensa Latina conversou com exclusividade com o atual presidente da Oclae, Miguel Ángel Machado, jovem estudante de medicina cubano, para quem representa uma grande responsabilidade representar os protagonistas de quase seis décadas de luta pela educação pública universal.
Machado considera que a história da organização tem demonstrado o papel fundamental e determinante dos jovens em importantes processos sociais da região.
Em defesa desse legado, ele especificou que neste dia de aniversário será realizado um painel sobre o surgimento da organização -que atualmente tem representação de 22 países-, bem como as transformações do novo contexto político e educacional em que o continente vive.
Assegurou que vão analisar em particular a essência da organização, baseada no anti-imperialismo, na defesa da educação e na solidariedade entre os povos da América Latina e do Caribe.
Em sua opinião, ainda há muito a ser feito para continuar levando a voz dos estudantes aos mais altos níveis governamentais e aos mecanismos de integração, além de continuar apostando na unidade, apesar das diferenças e particularidades das 38 federações que compõem o OCLAE.
“Que as lutas nacionais sejam também regionais, essa deve ser a visão e o desafio fundamental, para nos mantermos como um bloco estudantil unido e solidário também com outras causas”, acrescentou Machado.
Ele disse à Prensa Latina que outro desafio fundamental é conseguir integrar as novas federações que estão surgindo no quadro de membros da organização para conseguir a representação de outras nações.
Ele disse que eles têm demandas imediatas de acesso à educação, em uma região com altos índices de privatização do setor, e devem continuar cobrando uma educação pública inclusiva, contemporânea e integral.
Dentro da agenda atual da entidade, ele destacou a defesa da Amazônia e da natureza. Nesse sentido, ele explicou que a entidade está promovendo – em conjunto com os movimentos estudantis no Brasil – a criação de uma Universidade de Integração Amazônica.
Explicou que esta instituição garantiria o cuidado e proteção desta região do planeta e viabilizaria um programa de mobilidade acadêmica para pesquisas científicas nessa área.
O líder estudantil afirmou que para a Organização a denúncia do cerco econômico e político dos Estados Unidos contra alguns países da região continua sendo uma constante.
“A solidariedade moveu esses 57 anos de história de luta da organização e nossa bandeira estará sempre aberta para defender e continuar levantando a voz pelas causas justas do planeta”, destacou.
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