Familiares das 10 pessoas mortas em protestos antigovernamentais em dezembro de 2022 lideraram a manifestação na praça principal da cidade, onde a procuradora foi fortemente criticada por juristas que a acusam de complicar as investigações, cujo progresso é mínimo.
Assassino, criminoso, sai de Ayacucho”, gritavam os manifestantes, entre os quais a presidente da Associação das Vítimas da repressão mortífera de 15 de dezembro do ano passado, Ruth Bárcena, que tentou falar com Benavides mas foi impedida de se aproximar quando a funcionária judicial se dirigia ao hotel onde estava hospedada.
Bárcena conseguiu falar-lhe, referindo-se a algumas das 49 pessoas mortas em várias regiões, enquanto a polícia fechava a praça para que não pudessem entrar mais pessoas.
Por outro lado, durante a sua visita a Ayacucho, Benavides assistiu ao 20º aniversário da Equipa Forense Especializada, integrada nos últimos anos no Ministério Público, e anunciou a recuperação de 900 restos mortais de vítimas da chamada guerra interna entre 1980 e 2000.
Acrescentou que 400 dos esqueletos serão entregues aos familiares no presente semestre e os outros 500 em 2024.
A equipa forense acima referida responde aos pedidos de busca e identificação dos restos mortais das vítimas, na sua maioria civis não combatentes, apresentados pelas procuradorias dos direitos humanos.
Esta atividade é levada a cabo em Ayacucho e nas regiões andinas de Apurímac, Huancavelica, Huánuco e Junín.
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