“O resultado foi possível graças à criação de uma monocamada de perovskita auto-organizada que melhora o desempenho e aumenta a estabilidade do painel solar”, disse Ekaterina Ilicheva, pesquisadora do MISIS Advanced Solar Laboratory.
Segundo o especialista, uma das principais vantagens das células de perovskita é o custo, já que é duas a três vezes menor que as células de silício em produção em série, enquanto outras vantagens são a flexibilidade e a leveza.
“Consequentemente, podem ser usadas em edifícios, em telhados, como tingimento de janelas, porque, ao contrário das de silício, nossas células solares podem ser translúcidas”, acrescentou Ilicheva.
Além disso, eles podem ser usados na indústria espacial graças à sua resistência à radiação, acrescentou Pavel Gostishchev, engenheiro-chefe do Laboratório Avançado de Energia Solar da Universidade Nacional de Pesquisa Tecnológica.
Para trabalhos no solo, outra propriedade muito útil das baterias de perovskita é sua eficiência em condições de pouca luz. “O fenômeno das células solares de perovskita é que, à medida que a intensidade da radiação diminui, a eficiência aumenta”, acrescentou.
Com a iluminação do escritório e ao entardecer, a eficiência pode chegar a mais de 30%, enquanto no silício, nessas condições, ao contrário, a eficiência cai para quase zero, disse Gostishchev.
Essas propriedades tornam as células de perovskita ideais para ambientes hostis, desde territórios do norte até invólucros de telefones celulares e sensores de casas e cidades inteligentes, dizem os pesquisadores.
Os elementos de perovskita têm suas desvantagens: em termos de durabilidade e eficiência sob luz solar direta, eles ainda são inferiores ao silício, embora especialistas digam que esses problemas são solucionáveis e as baterias de perovskita têm um enorme potencial.
ro/gfa/ml