O presidente do Departamento Geral do Comando do Estado de Emergência, Temesgen Tiruneh, informou na passada segunda-feira que a perturbação da tranquilidade orquestrada por grupos criminosos organizados gerou problemas económicos, sociais e administrativos em Amhara.
Tiruneh precisou que, além de dificultar as atividades das instituições que prestam serviços públicos, estes grupos pertencentes à milícia FANO conseguiram escapar a vários reclusos ao invadirem as prisões em algumas zonas, citado pela Agência de Notícias da Etiópia.
Após o andamento das ações implementadas para restaurar a ordem, as condições de paz foram recuperadas em Bahir Dar, Debre Markos, Debre Birhan, Lalibela, Gonder e Shewa Robit, confirmou quinta-feira a Direção-Geral do Estado de Emergência.
Esta estrutura, colocada em funcionamento desde 4 de agosto, altura em que o Conselho de Ministros declarou o estado de emergência devido à insegurança naquela localidade, precisou em comunicado que dá prioridade às zonas de maior população, de elevada atividade comercial e turística, política e centros industriais.
O grupo armado Fano que opera em Amhara teve a oportunidade de se render e entregar as suas armas às forças de segurança nacional, mas rejeitou a proposta e optou pela violência. Nesse sentido, foram tomadas as medidas cabíveis para garantir o cumprimento da lei nessas cidades.
De acordo com o texto, a população em geral rejeitou o vandalismo e a insegurança das últimas semanas e apoiou as tropas do governo focadas em capturar os integrantes do grupo descrito como extremista e restaurar a tranquilidade dos cidadãos.
Ele anunciou o toque de recolher nas cidades recuperadas até o próximo dia 23 de agosto e a prisão de 14 suspeitos em Adis Abeba.
Tendo em conta os avanços, foram retomados a partir desta data os voos regulares para as referidas cidades, bem como todos os tipos de transportes urbanos (exceto triciclos e motociclos).
A declaração do estado de emergência em Amhara segue-se a uma carta enviada pelo presidente regional do estado, Yelikal Kefale, pedindo ao governo federal que intervenha e “implemente o quadro jurídico necessário” para controlar a deterioração da crise de segurança.
Enquanto isso, o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, recebeu na quarta-feira o ministro das Relações Exteriores da Coréia do Sul, Park Jin, que fez uma visita oficial de três dias para discutir questões de cooperação bilateral, regional e internacional.
Eles também abordaram a melhoria do comércio e dos investimentos entre os dois países, informou o gabinete do primeiro-ministro etíope em sua conta X, antigo Twitter.
Mais cedo, o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores, Demeke Mekonnen, recebeu Jin e discutiu maneiras de fortalecer a cooperação em fóruns bilaterais e multilaterais.
Mekonnen sublinhou em conferência de imprensa que a amizade entre ambas as partes é forjada no sangue e concordaram em consolidar ainda mais as relações diplomáticas de longa data nas áreas de comércio, investimento e cooperação para o desenvolvimento em benefício dos respectivos povos, citado pelo Ministério das Relações Exteriores.
Ele parabenizou o país asiático por sua eleição como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU e prometeu trabalhar de perto em questões de interesse mútuo e preocupações que afetam o continente africano em geral e o Chifre da África em particular.
Jin, por seu lado, lembrou que, sendo Addis Abeba um parceiro prioritário em África, vão continuar a cooperar em áreas-chave para elevar a multifacetada parceria estratégica entre os dois países. Este ano marca o 60º aniversário do início das relações diplomáticas formais entre a Etiópia e a Coreia do Sul.
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