“A crise atual demonstra um processo do qual não podemos fugir e é necessário alertar a população para se preparar para os cenários adversos que se avizinham”, afirmam os organizadores em comunicado.
A uma semana do escrutínio presidencial, exortaram à mobilização não só para defender o voto cidadão do dia 25 de junho, mas também com o objetivo de propor e impor os interesses da maioria. Também autoridades indígenas, de defesa dos animais e organizações inter-religiosas consideraram que a possibilidade de uma mudança com dinâmicas mais democráticas é um passo adiante, que busca transformar a realidade do país.
Preocupados com a situação atual, eles relembraram a época da primavera democrática abruptamente interrompida pela contrarrevolução financiada pelo governo dos Estados Unidos.
Isso – enfatizaram – significava uma estagnação incalculável e a impossibilidade de superar as relações de servidão nas quais estava mergulhada a grande maioria dos guatemaltecos.
A renúncia do presidente Jacobo Árbenz (1951-1954) para evitar derramamento de sangue demonstrou que evitar conflitos violentos quando ainda se contava com o poder e a moral da sociedade foi um erro, sentenciaram.
O nome da manifestação surgiu do contexto escuro e cinza onde as estruturas criminosas não querem deixar o poder, disse Alida Vicente, da Prefeitura Indígena de Palín, departamento de Escuintla, na véspera da convocação de domingo, 23 de julho passado.
Desta vez, a caminhada saiu às 09h30, horário local, do Jardim Botânico da Universidade San Carlos, fará várias paradas, uma delas em frente ao Tribunal Supremo de Justiça, e chegará à Praça da Constituição.
Ao defender a soberania popular, também convocaram, por sua vez, o grupo de organizações sociais denominado Convergência Nacional na Resistência e Jornalistas pela Democracia.
O Ministério Público invadiu diversas vezes a sede do Tribunal Superior Eleitoral, do movimento Semente, e mantém investigações em andamento, descritas como perigosas.
Apesar dos obstáculos, Bernardo Arévalo, representando o partido indicado, continua sua campanha pelas secretarias focada em convencer o maior número de eleitores com suas propostas progressistas.
Ela enfrentará a ex- primeira-dama Sandra Torres, da Unidade Nacional de Esperança, que chega a esta fase pela terceira vez consecutiva, nas anteriores perdeu para Jimmy Morales em 2015 e Alejandro Giammattei em 2019.
mem/znc/cm