A jovem cineasta e jornalista, que dirige a produtora Hiperactiva, disse à Prensa Latina que seria uma honra para a produção ser exibida no festival de Havana, ao qual já assistiu três vezes nas suas visitas à capital cubana.
É, acrescentou, um dos festivais mais importantes da América Latina e ‘Rojo Profundo/Javier Diez Canseco, el Legado’ merece ser visto pelo público cubano, já que Javier Diez Canseco é um dos jovens peruanos que entraram na política sob a influência da Revolução Cubana.
O realizador destacou a grandeza do festival de Havana, que transforma toda a ilha numa celebração da sétima arte e da grande cultura cinematográfica dos cubanos.
A produção levou a Magaly Zevallos um longo período de trabalho que começou em 2019, compilando testemunhos, documentação e material fotográfico, especialmente da década de 1970, quando Diez Canseco entrou na política.
O documentário é também uma revisão da história política peruana desde essa altura, sobre a qual falam também a mulher, os companheiros e os amigos do personagem central, testemunhando a tenacidade com que ele foi capaz de ultrapassar uma limitação física.
São relatados traços, acções e anedotas do antigo líder do partido Vanguardia Revolucionaria e das suas evoluções, do Partido Unificado Mariateguista e do Partido Socialista.
Mostra como Diez Canseco, tal como muitos jovens estudantes de níveis socioeconómicos mais elevados, deixou as mansões familiares e a vida à beira-mar para viver com o povo e tornar-se ativo nas minas dos inóspitos picos andinos, nas fábricas e no campo.
Há também cenas da sua luta como líder estudantil e do seu combate sem tréguas contra a corrupção e como parlamentar em defesa dos interesses populares e nacionais e dos direitos humanos, pelos quais, nos anos 90, sofreu ataques paramilitares, aos quais escapou incólume.
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