A partir desta terça-feira, cerca de 90 empresas participam do XII Encontro Andino de Negócios, que reúne o setor empresarial da Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, além de pequenas e médias empresas do Brasil, Chile, Guatemala, Panamá e Porto Rico.
Os organizadores confirmaram em nota entregue à Prensa Latina que este fórum volta a ser presencial após quatro anos após um hiato causado pela pandemia de Covid-19.
Benjamín Blanco, vice-ministro de Comércio Exterior e Integração da Bolívia, representando a Presidência Pro Tempore da Comunidade Andina (CAN), destacou na véspera a importância da zona de livre comércio nesta área.
O vice-ministro sustentou que, para o país andino-amazônico, a CAN é o primeiro destino de suas exportações não tradicionais.
As fontes antecipam que ao final do XII Encontro desta quarta-feira, o fórum registrará nada menos que 579 encontros de negócios entre exportadores e compradores dos subsetores agrícola, alimentício, químico e manufatureiro.
O XII Encontro representa o esforço dos quatro países e visa desenvolver oportunidades de encadeamento produtivo, complementaridade e identificar oportunidades para os produtores internacionalizarem sua oferta.
“A integração andina é a melhor ferramenta em um mundo cada vez mais competitivo e diante dos novos desafios globais”, disse Blanco, citado em um boletim institucional.
Por sua vez, o secretário-geral interino da CAN, Diego Caicedo, precisou que as PMEs da região representam 90 por cento das empresas e acrescentou que geram 60 pontos percentuais de empregos.
Ele lembrou que essa estrutura integracionista trabalha atualmente para fortalecer um ambiente adequado e gerador de negócios, e destacou iniciativas como o chamado projeto Intercom.
Esta proposta visa interligar as entidades de comércio exterior e facilitar a troca de quase quatro milhões de documentos digitais, bem como a próxima entrada em funcionamento do Centro Regional de Inteligência Fitossanitária.
Caicedo destacou que, após 54 anos de integração comercial, o CAN é hoje um mercado dinâmico.
Criadas em 1969, as exportações intracomunitárias nessa data ascenderam a 52,7 milhões de dólares, e hoje ultrapassam os 10,632 milhões dessa moeda, indicador que representa um aumento médio anual de 10,5 por cento.
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