Os recintos eleitorais abrem às 7h (horário local) para receber os mais de 13,4 milhões de equatorianos convocados para decidir o futuro do país, embora já tenham ocorrido dois dias de votação antecipada para presos sem sentença, pessoas com deficiência e idosos.
Na disputa pela presidência há oito candidatos, entre eles Luisa González, do movimento correista Revolução Cidadã; o ex-vice-presidente Otto Sonnenholzner, da aliança Actuemos; Jan Topic, da coalizão Por um país sem medo; o jovem Daniel Noboa, da Acción Democrática Nacional.
Também aspiram ao Executivo Yaku Pérez, da aliança Claro que se puede; Xavier Hervas, do movimento Renovação Total (RETO); o jornalista Christian Zurita, que substituiu o assassinado Fernando Villavicencio; e Bolívar Armijos, do grupo Amigo.
Em disputa estão também os 137 assentos da Assembleia Nacional (Parlamento) divididos em 15 representantes nacionais, 116 provinciais, e seis por residentes no estrangeiro.
Essas votações acontecem em meio à maior onda de insegurança do país, que chegou a custar a vida do candidato presidencial Villavicencio em 9 de agosto, quando pistoleiros o acertaram a balas ao sair de um comício.
Perante este panorama, os aspirantes ao poder centraram as suas campanhas em ofertas para fazer face ao aumento da delinquência e do crime organizado, principal preocupação dos cidadãos que sofrem diariamente com homicídios, roubos, assaltos, sequestros, extorsões e outros crimes.
As eleições também acontecerão em meio ao estado de emergência decretado pelo governo após o assassinato de Villavicencio e com cerca de 100.000 policiais e soldados nas ruas e centros de votação.
Apesar do destacamento, nas últimas horas foram registrados acontecimentos violentos que põem em cheque a tranquilidade do processo.
Espera-se que os primeiros resultados oficiais comecem a sair 90 minutos após o início da contagem dos votos (17h00, hora local), uma vez que não está prevista uma contagem rápida.
No Equador, o voto é obrigatório para os cidadãos entre 18 e 65 anos, enquanto é opcional para os idosos e jovens entre 16 e 18 anos.
4.390 centros de votação serão habilitados em todo o país e os residentes no exterior terão o sufrágio habilitado eletronicamente.
Em nível nacional, os eleitores receberão quatro cédulas: uma para eleger presidente e vice-presidente, outra para membros da Assembleia Nacional, outra para legisladores provinciais e a quarta para votar em um referendo sobre extração de petróleo no Parque Nacional Yasuní.
Os moradores do município de Quito também devem se posicionar em outra votação sobre se concordam ou não com a proibição da mineração em Chocó Andino, uma reserva da biosfera no noroeste da capital.
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