Antes da participação de Lula no fórum empresarial dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a conversa se concentrou na conjuntura política da América Latina e da África.
Da mesma forma como os dois continentes podem se aproximar para consolidar um mundo mais multipolar e menos desigual.
“Você passou por um momento muito difícil e tem muita experiência com coalizões. Estamos aqui para aprender com você”, disse Gwede Mantashe, presidente do ANC e ministro de Recursos Minerais do governo sul-africano.
Lula respondeu brincando que “nós temos uma dificuldade, então vim aprender com vocês”.
O ANC chegou ao poder na África do Sul em 1994, com a eleição de seu fundador, Nelson Mandela, após o fim do regime do apartheid, que impedia a participação política da maioria da população sul-africana.
Desde então, a organização política elegeu todos os outros presidentes, inclusive o atual, Cyril Ramaphosa.
A 15ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo dos Brics é a primeira presencial desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020. O tema
é Brics e África: parcerias para crescimento mutuamente acelerado, desenvolvimento sustentável e multilateralismo inclusivo.
Além dos líderes dos países membros do bloco, foram convidados outros de mais de 40 países, principalmente da África, mas também da América Latina e Caribe, Ásia e Leste Europeu.
Durante a cúpula, serão analisados os pedidos de dezenas de nações para firmar alianças e compor oficialmente o grupo. Qualquer entrada, no entanto, depende de um consenso dos cinco membros atuais.
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