Segundo os dados divulgados no site da CNE, a candidata presidencial da Revolução Cidadã (RC), Luisa González, tem 33,47% dos votos e Daniel Noboa, da coligação Ação Democrática Nacional (ADN), tem 23,48%.
Serão eles que disputarão a liderança do Executivo na votação de 15 de outubro, mas os números finais demoram, já que ainda devem ser revisadas as atas “com novidades” ou “com incongruências”, ou seja, os números que fazem não coincidir.
O mesmo acontece com os legisladores, que, segundo o que foi publicado no site oficial da CNE, a contagem está quase completa, embora a revisão ainda esteja pendente.
O movimento RC correísta terá a maior bancada, com mais de 50 deputados na Assembleia Nacional, seguido do movimento Construye, que apoia o candidato assassinado Fernando Villavicencio, com pelo menos 27 cadeiras.
Nos cargos seguintes estarão o Partido Social Cristão e seus aliados, que obtiveram por enquanto 17 assentos, e a aliança ADN de Noboa, com 12 cargos, por enquanto.
De acordo com o calendário eleitoral, o escrutínio terá a duração de 10 dias, ou seja, até 30 de agosto, e a partir desse momento os partidos políticos poderão recorrer ao Tribunal de Conflitos Eleitorais (TCE).
Por isso, em 23 de setembro, o CNE anunciará oficialmente os vencedores e convocará o segundo turno para eleger o sucessor do atual presidente, Guillermo Lasso, que antecipou o fim de seu mandato ao decretar a cruz de morte e dissolver a legislatura.
As eleições de 20 de agosto confirmaram que o RC é o movimento político mais forte do país, cujo candidato presidencial ficou em primeiro lugar entre os oito candidatos e garantiu uma grande bancada parlamentar, embora sem atingir a maioria.
González venceu a votação em 14 províncias do país, enquanto Noboa ficou em primeiro lugar em seis territórios.
Analistas alertam que o cenário eleitoral atual é semelhante ao de 2021, quando todos os votos dos candidatos de direita deram a vitória a Lasso sobre Andrés Arauz, que agora é vice de González.
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