O órgão regulador das eleições aguarda um relatório técnico para posteriormente definir se, após falhas no sistema resultantes de um ataque cibernético, os migrantes poderão ter a oportunidade de votar.
Observadores internacionais do processo eleitoral realizado nesta nação sul-americana manifestaram no domingo passado preocupação com o que aconteceu com a plataforma de voto digital para quem reside fora do território nacional
Segundo a CNE, houve invasão ao sistema da Índia, Bangladesh, Paquistão, Rússia, Ucrânia, Indonésia e China, mas devido aos “vários níveis de segurança” não houve problemas ou alterações na votação.
Não há dúvida de que a vontade dos compatriotas residentes no estrangeiro foi violada e vamos tomar a melhor decisão para lhe dar resposta, disse a presidente da CNE, Diana Atamaint.
Apesar das irregularidades nesta variante de votação, que impediram mais de metade dos migrantes registados de exercer o seu direito de participação no processo democrático, em território nacional o dia das eleições decorreu sem problemas.
Com 99% das atas apuradas, a candidata presidencial da Revolução Cidadã (RC), Luisa González, tem 33,62% dos votos e Daniel Noboa, da coligação Ação Democrática Nacional (ADN), 23,43%.
Serão eles que disputarão a liderança do Executivo na votação de 15 de outubro, mas os números finais demoram, já que ainda devem ser revisadas as atas “com novidades” ou “com incongruências”, ou seja, os números que fazem não coincidir.
Por isso, em 23 de setembro, as autoridades anunciarão oficialmente os vencedores e convocarão o segundo turno para eleger o sucessor do atual presidente, Guillermo Lasso, que antecipou o fim de seu mandato ao decretar a morte cruzada e dissolver o legislativo.
As eleições de 20 de agosto confirmaram que o RC é o movimento político mais forte do país, cujo candidato presidencial ficou em primeiro lugar entre os oito candidatos e garantiu uma grande bancada parlamentar, embora sem atingir a maioria.
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