“Quero destacar que foi o desejo de manter sua hegemonia no mundo, o desejo de alguns países de manter essa hegemonia que levou a uma grave crise na Ucrânia”, disse o líder russo.

Putin denunciou que o golpe inconstitucional na Ucrânia há nove anos contou com a ajuda dos países ocidentais, que desencadearam uma luta contra os que não concordavam, “a guerra é cruel, a guerra de extermínio, há oito anos”, sublinhou.

Além disso, ele agradeceu aos países membros do bloco por suas iniciativas para resolver o conflito na Ucrânia.

“A Rússia decidiu apoiar as pessoas que lutam por sua cultura, por suas tradições, por sua língua, por seu futuro. Nossas ações na Ucrânia são ditadas por apenas uma coisa: acabar com a guerra desencadeada pelo Ocidente e seus satélites na Ucrânia contra os habitantes de Donbass”, acrescentou.

Segundo o presidente, a presidência do Brics passará para a Rússia em 2024, “vamos nos esforçar para resolver os desafios e desafios para buscar segurança em todo o mundo, planejamos cerca de 200 ações econômicas e políticas com base nessas tarefas”, especificou.

Na véspera do evento, Putin detalhou a visão russa sobre as perspectivas de desenvolvimento da cooperação entre os países do Brics no Fórum Empresarial da Associação e culpou os ocidentais como causadores da pressão inflacionária.

Ele disse que a organização está promovendo o “processo de desdolarização objetivo e irreversível e convidou membros para uma reunião na cidade russa de Kazan em setembro de 2024”.

A cúpula estará em sessão até 24 de agosto sob o tema principal “Os Brics e a África: uma parceria para crescimento acelerado, desenvolvimento sustentável e multilateralismo inclusivo”. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, convidou mais de 60 chefes de estado e de governo da África e de países em desenvolvimento de outras regiões do mundo para Joanesburgo.

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