O jovem de 24 anos, quarto colocado na prova mundial anterior em Eugene 2022, mostra maturidade para enfrentar cerca de cinco mil metros, classificados como um dos mais difíceis da disputa, com sete homens que diminuíram o tempo e ficaram abaixo de 12 minutos e 50 segundos.

No estádio Centro Nacional de Atletismo, Grijalba terá de realizar a sua melhor corrida para subir ao pódio entre o norueguês Jakob Ingebrigtsen, atual campeão, o queniano Jacob Krop e o espanhol Mo Katir, que bateu o recorde europeu em julho passado.

O sempre poderoso exército etíope terá como rivalidade Berihu Aregawi, vencedor em Lausanne no final de junho passado com 12:40:45, o sexto melhor tempo da história, e Yomif Kejelcha (13:41:73), primeiro com pouco antes em Oslo.

O natural deste país centro-americano demonstrou as suas aspirações na quinta-feira na segunda bateria de qualificação, parando os relógios às 13:32:72, à frente de outro respeitável etíope Yomif Kejelcha (13:32:83).

“No ano passado terminei em quarto lugar, mas ganhei muita confiança desde então, o trabalho está feito e numa final tudo é possível, até uma medalha”, sublinhou em declarações à imprensa após a eliminatória. Grijalba, além de subir ao pódio da premiação, aspira atingir a nota mínima exigida para os Jogos Olímpicos Paris 2024, inferior a 13:05:00.

Há dois anos ele deixou sua marca sob as cinco argolas em Tóquio 2020, terminando na 12ª colocação, mas estabeleceu um recorde nacional ao marcar 13:10:09 e melhorar o tempo do torneio classificatório.

A passagem para esta disputa mundial foi obtida em setembro do ano passado, quando marcou 13:02:94 e bateu novamente o recorde local, desta vez no Van Damme Memorial, na Diamond League realizada em Bruxelas.

No início de junho deste ano, no Estádio Luigi Ridolfi, em Florença, palco da terceira rodada da própria Diamond League, subiu ao primeiro pódio (bronze) com 12:52:97, recorde nacional e centro-americano.

O Tarzan, como o chamam, mora nos Estados Unidos desde os um ano de idade, país para onde sua família emigrou e onde ganhou uma bolsa para se dedicar integralmente à especialidade.

Seu desempenho no domingo poderá ficar na história do atletismo guatemalteco e centro-americano, apenas com o marco da medalha de prata olímpica obtida pelo corredor Erick Barrondo na marcha de 20 quilômetros em Londres 2012.

Precisamente nessa prova, a pequena comitiva desta nação arrancou no mesmo dia de abertura no Busdapest com José Barrondo e José Ortiz nos lugares 31 e 42, respetivamente.

Maritza Poncio, também marchadora, após o bronze nos recentes Jogos Centro-Americanos e Caribenhos de San Salvador 2023, se machucou no último domingo, pouco mais da metade da jornada. rgh/znc/cm