“Se conseguirmos o mercado chinês, se conseguirmos a abertura, temos certeza que a Bolívia se tornará o maior produtor e exportador de chia, pela capacidade de produção que temos e pelo mercado”, disse o vice-chefe. O chefe da área vinculada acrescentou em entrevista à Rádio La Razón que se os produtores bolivianos acessarem o mercado do gigante asiático aumentarão sua produção.
Nesta segunda chegou até a Bolívia uma delegação de técnicos da Administração Aduaneira Chinesa com o objetivo de visitar as fazendas de gado de Santa Cruz e inspecionar os campos de produção e plantas de processamento de chia, segundo o ministro do Desenvolvimento Rural e Terras, Remy Gonzalez.
Após reunião com eles, o ministro afirmou que, para agilizar os trâmites protocolares de exportação do produto, a comissão técnica permanecerá no país até o dia 3 de setembro.
Acrescentou que durante este período serão inspecionadas duas parcelas nos municípios de San Pedro e Cuatro Cañadas, departamento de Santa Cruz, onde serão coletadas informações sobre manejo de pragas e procedimentos de produção agrícola.
Da mesma forma, visitarão duas fábricas de processamento, uma no Parque Industrial de Santa Cruz e outra na localidade de Pailón, para verificar o cumprimento das normas internacionais de recolha de alimentos.
Gonzáles destacou que a demanda interna pela chia está garantida e que o mercado chinês representa um potencial comprador do excedente produtivo do grão.
“(…) A quantidade que poderá ser exportada vai depender da capacidade produtiva”, disse à imprensa.
Segundo o Observatório Agroambiental e Produtivo, a Bolívia exportou cerca de 8.204 toneladas de chia em 2022, avaliadas em 23.226.578 de dólares.
O principal destino da semente desta planta boliviana é o México, com um volume de 2.908 toneladas, o que representa uma receita de 8.99.262 dólares.
Durante o ano em curso, não foram reportadas quaisquer vendas deste alimento à China, mas no ano passado o país asiático comprou 11.400 toneladas desta semente.
Com uma produção anual de 15 mil toneladas, a Bolívia é atualmente o segundo produtor mundial deste alimento.
A presença da delegação chinesa é resultado dos esforços do Governo do Presidente Luis Arce através de ações diplomáticas do Ministério das Relações Exteriores, informou Blanco.
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