Numa mensagem transmitida pela Televisão Nacional, os militares apelaram à calma da população, e relataram que as Forças de Defesa e Segurança, reunidas num Comitê para a Transição e Restauração das Instituições (CTRI), em nome do povo gabonês, decidiram defender a paz e pôr fim ao regime atual, disseram.
Para isso – prossegue o comunicado – as eleições gerais e os resultados destas eleições são anulados e todas as instituições são dissolvidas e as fronteiras fechadas até novo aviso. “Todas as instituições da República foram dissolvidas: o governo, o Senado, a Assembleia Nacional e o Tribunal Constitucional”, acrescentaram.
O anúncio ocorreu após a vitória de Ali Bongo nas eleições com 64,27% dos votos.
Por sua vez, o oposicionista Albert Ondo Ossa, que ficou em segundo lugar com 30,7% dos votos, denunciou irregularidades no processo eleitoral.
Neste momento, desconhece-se a situação de Ali Bongo Ondimba, cuja família dirige este país da África Central há mais de 55 anos, noticiaram quarta-feira os meios de comunicação locais.
Enquanto isso, centenas de pessoas saíram às ruas hoje em apoio aos militares que deram o golpe contra Bongo.
Presidente do país a partir de 2009, após a morte de seu pai Omar Bongo, o presidente foi reeleito em 2016 em eleições questionadas pela oposição política devido à existência de supostas irregularidades.
Com uma população estimada em mais de 2,3 milhões de habitantes, o Gabão, localizado na costa oeste da África Central, tem uma economia que depende fundamentalmente das suas exportações de recursos mineiros, petrolíferos e florestais.
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