Na audiência geral realizada esta quarta-feira, às 09h00 locais, na Sala Paulo VI do Vaticano, o Sumo Pontífice recordou que no dia 1 de setembro será celebrado o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, que culminará no dia 4 de setembro. Outubro, data em que “pretendo publicar uma Exortação, uma segunda Laudato si”.
Segundo uma nota publicada pela assessoria de imprensa da Santa Sé, o Papa também expressou que “é necessário estar junto com as vítimas da injustiça ambiental e climática, esforçando-se para pôr fim à guerra sem sentido contra a nossa Casa Comum”, pelo qual “exorto todos a trabalhar e rezar para que mais uma vez a vida volte a exuberar”.
Na carta encíclica Laudato Si, datada de 24 de maio de 2015 e publicada em 18 de junho daquele ano, Francisco afirma que existe um “consenso científico muito forte” de que as alterações climáticas estão a ocorrer, chamando-as de “um dos principais desafios atuais para a humanidade”.
Nesse documento de seis capítulos e 184 páginas, o Bispo de Roma sublinhou que os esforços existentes para reduzir as alterações climáticas têm sido profundamente inadequados porque “muitos daqueles que têm mais recursos e poder económico ou político parecem concentrar-se sobretudo em mascarar os problemas ou esconder os sintomas”.
O Pontífice também expressou que “não existem duas crises distintas, uma ambiental e outra social, mas uma única e complexa crise socioambiental” e acrescentou que “as linhas para a solução exigem uma abordagem abrangente para combater a pobreza, para restaurar a dignidade aos excluídos e simultaneamente cuidar da natureza”.
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