De acordo com uma declaração lida na televisão estatal pelos membros militares do chamado Comitê para a Transição e Restauração das Instituições (CTRI), um de seus filhos foi acusado de alta traição.
Noureddin Bongo Valentin, filho e colaborador próximo do chefe de Estado, Ian Ghislain Ngoulou, chefe de gabinete, e outros funcionários do governo, bem como os dois principais líderes do Partido Democrático Gabonês (PDG) de Bongo foram presos, acrescentou o relatório.
Também foi anunciado que esses funcionários são acusados de alta traição contra instituições estatais, desvio maciço de fundos públicos, desvio financeiro internacional em uma quadrilha organizada, corrupção ativa e tráfico de drogas.
Os militares que tomaram o poder apontaram que o Gabão está passando por uma grave crise institucional, política, econômica e social, e alegaram que as recentes eleições realizadas no país não atenderam às condições de transparência e credibilidade esperadas pelo povo.
Eles também acusaram o governo de Bongo de ser irresponsável, imprevisível e marcado pela degradação social que ameaçava lançar o país no caos.
Presidente do país desde 2009, após a morte de seu pai, Omar Bongo, o atual presidente foi reeleito em 2016 em eleições questionadas pela oposição política devido a supostas irregularidades.
Com uma população estimada em mais de 2,3 milhões de habitantes, o Gabão, localizado na costa oeste da África Central, tem uma economia que depende principalmente de suas exportações de mineração, petróleo e recursos florestais.
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