O ataque foi um acontecimento de enorme importância que gerou grande comoção social e alterou a convivência democrática, escreveu o chefe de Estado no seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
O processo judicial avançou com singular lentidão, deixando de lado provas decisivas para a investigação e atrasando qualquer investigação que nos permitisse saber quem foram os instigadores e mandantes do acontecimento, disse.
Além disso, destacou que, quatro décadas depois da recuperação da democracia neste país, é necessário preservar o quadro institucional e que a Justiça deixe de servir os poderes políticos e factuais.
No dia 1º de setembro de 2022, Fernando Sabag, 35 anos, apontou uma arma para a cabeça da também chefe do Senado quando ela cumprimentava pessoas reunidas em frente à sua casa, no bairro da Recoleta, na capital.
Embora ele tenha puxado o gatilho, a arma – que continha cinco balas – não disparou e o indivíduo foi detido por cidadãos que o entregaram à Polícia Federal (PFA).
Durante buscas em sua casa, na região de San Martín, a PFA encontrou 100 balas e um laptop, que foi analisado junto com seu celular, cujas informações foram apagadas nas mãos dos peritos por motivo desconhecido.
Relatos oficiais indicam que a pistola estava apta para disparar e foi utilizada pouco antes do ataque, mas o mau uso por parte do agressor impediu que o projétil entrasse na câmara e saísse.
Pouco depois, os policiais prenderam sua namorada, Brenda Uliarte, e ambos foram considerados pela juíza María Eugenia Capuchetti como co-autores criminalmente responsáveis pelo crime de homicídio qualificado, agravado pelo uso de arma de fogo, traição e auxílio premeditado de dois ou mais pessoas, provisoriamente.
Além disso, enfrentam acusações por porte de arma de guerra sem a devida autorização legal, armazenamento de munições, posse de documento de identidade nacional de outrem e falsificação.
Um homem chamado Gabriel Carrizo também foi preso por sua participação no planejamento e execução dos acontecimentos.
Em diversas ocasiões, o vice-presidente denunciou a participação de grupos extremistas e políticos na organização e financiamento do ataque e acusou Capuchetti de dificultar e atrasar as investigações quando foram encontradas evidências que apontavam para membros da Revolução Federal e do partido Proposta Republicana.
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