Em entrevista ao jornal Le Figaro, o ministro da Defesa, Sébastien Lecornu, especificou que a decisão vigorará até que a situação seja “esclarecida”.
A França tem 400 soldados no Gabão, que segundo o responsável foram destacados para treinar soldados locais.
As suas atividades foram suspensas até que a situação seja esclarecida, frisou.
Lecornu disse que Paris se opõe a todos os golpes, mas diferenciou o golpe no Níger daquele no Gabão, porque na sua opinião no segundo “há dúvidas sobre a sinceridade das eleições”.
Em ambos os países, que se tornaram independentes da França em 1960, a potência europeia mantém importantes interesses económicos, como a exploração de recursos minerais através de empresas francesas.
A junta militar no poder no Níger exige a saída das tropas francesas ali presentes para a operação antiterrorista Barkhane e expulsou o embaixador Sylvain Itté, acusando Paris de interferência nos assuntos internos.
Por seu lado, as novas autoridades do Gabão não estabeleceram tal posição e o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Quai d’Orsay afirmou na véspera que não existe nenhuma ameaça particular contra os cidadãos franceses.
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