Convocaram às 12h, horário local, da sexta avenida e rua 18 da capital até a Praça Central, após a denúncia dos que se recusam a aceitar o resultado das eleições, bem como o apelo à unidade do presidente eleito, Bernardo Arévalo
Jornalistas pela Democracia, a Santa Irmandade de Nossa Senhora da Greve de Dolores da Universidade de San Carlos, a Frente Cidadã pela Democracia, Justicia Ya, o movimento político Codeca, entre outros, pediram para usar preto, “pela morte à corrupção ”
Ontem votámos, hoje marchamos e defendemos a nossa decisão, apontaram numa das mensagens divulgadas, e um segundo texto indicava “podem cortar todas as flores, mas não poderão parar a primavera”, frase do chileno poeta Pablo Neruda.
Duas horas depois, o parque central de La Paz, em Cobán, capital do departamento de Alta Verapaz, sediará um comício chamado Unidos pela Democracia. Para as 08h00 de segunda-feira, Santa Cruz del Quiché reunirá manifestantes com o lema Renúncia e, simultaneamente, está prevista uma concentração em frente aos escritórios do Ministério Público (MP) em todo o país.
Dias antes da convocação de Arévalo, o ex-candidato presidencial do partido Podemos, Roberto Arzú, convidou todos os guatemaltecos através das redes sociais para se juntarem às 14h deste sábado no Central Park, em frente ao Palácio.
Exigindo “a renúncia de todos esses corruptos, começando pelo presidente mais corrupto da história, Alejandro Giammattei, e que acabem agora, porque se não quiserem sair democraticamente com o voto do poder, nós os expulsaremos”, ele enfatizou.
Não se pode permitir que uma ditadura acabe com o que tanto custou e perca a liberdade, disse o filho do presidente guatemalteco (1996-2000) e cinco vezes prefeito da capital, Álvaro Arzú.
Afirmou que espera que um milhão de guatemaltecos venha protestar, mas se for só ele, não importa, o fará e persistirá nos sábados seguintes até que o “pacto corrupto” seja derrotado.
O ex-candidato considerou que há riscos e consequências, mas explicou que é um momento em que o país apela a dar esse passo em frente.
Esta semana, a pedido do MP, o Escrivão de Cidadãos do Tribunal Supremo Eleitoral, Ramiro Muñoz, cumpriu uma ordem do juiz para suspender a personalidade jurídica do partido Movimento Semilla. A Direção do Congresso (unicameral) decidiu ignorar a bancada de Semilla e declarou-a independente, face a alegadas anomalias na constituição daquela força política em 2018, que alimentaram a tensão.
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