milhares de pessoas presas no deserto americano de Black Rock, Nevada, quando fortes
chuvas transformaram sua participação no festival anual Burning Man em uma tragédia.
Para esta segunda-feira, espera-se a possível reabertura das estradas de entrada e saída de Black Rock, depois
do dilúvio quase macondiano – parafraseando o vencedor do Prémio Nobel colombiano Gabriel García Márquez
– ter provocado o encerramento da estrada no sábado.
Para a realização do evento cultural e recreativo -que este ano foi programado de 27 de agosto
a 4 de setembro-, os organizadores construíram uma cidade provisória para abrigar os
participantes. Mas tudo isso se reduziu a uma lama que chegava até os tornozelos e que
impedia o movimento quando, em apenas 24 horas, aquela área remota no meio do nada
recebeu chuvas equivalentes a dois ou três meses de chuva.
“Cada passo parecia como se estivéssemos andando com dois grandes blocos de concreto nos
pés”, disse um dos presentes à CNN depois de conseguir deixar o festival com seus amigos
depois de caminhar cerca de três quilômetros na lama.
Estima-se que cerca de 72 mil pessoas ainda estejam no Black Rock, segundo os
organizadores que, aliás, noticiaram para esta segunda-feira a tradicional queima do homem
– o enorme totem que é incendiado no ápice do festival’. —porque ontem, domingo, quando
costumam fazer isso, o mau tempo se opôs.
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