O fato de a STV ter se tornado a maior acionista da gigante espanhola de telecomunicações fez soar o alarme nos setores político e financeiro, devido ao peso específico da Telefónica na Espanha.
A Telefónica não é apenas uma empresa emblemática, mas uma operadora estratégica e o governo garantirá que a autonomia estratégica da Espanha seja preservada”, disse a porta-voz do governo espanhol, Isabel Rodríguez, em entrevista ao programa La Hora de la Uno, da TVE.
Enquanto isso, de Bruxelas, onde está a negócios, a vice-presidente para Assuntos Econômicos, Nadia Calviño, enfatizou que o governo aplicará todos os mecanismos necessários para defender os interesses estratégicos da Espanha.
A Telefónica é claramente uma empresa estratégica para o nosso país e o governo aplicará todos os mecanismos necessários, sempre com a defesa dos interesses estratégicos da Espanha em primeiro lugar”, argumentou Calviño.
A esse respeito, acrescentou que “todos os elementos estão sendo analisados atualmente, como o setor de atividade, sua relação com a segurança e a defesa da Espanha, a participação no capital, o exercício dos direitos de voto e a participação no Conselho de Administração ou em outros órgãos de decisão da empresa”.
A vice-presidenta informou que a STV entrou em contato com o governo ontem para transmitir o caráter amistoso da operação, sua intenção de não prosseguir com a aquisição da empresa, ao mesmo tempo em que enfatizou que isso deve ser interpretado em termos de apoio à equipe de gestão e à estratégia da Telefónica, e de apoio à Espanha.
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