Na sua conta no X (antigo Twitter), o ex-legislador Sami Abou Shahadeh lembrou que os palestinos denunciam esta política há décadas, assim como as principais organizações de direitos humanos em Israel e especialistas da ONU.
“Quando um antigo chefe da Mossad concorda com esta avaliação, o mínimo que podemos esperar é que as autoridades europeias e norte-americanas parem de negá-la”, sublinhou.
Numa entrevista ontem a uma agência de notícias internacional, Pardo afirmou que os palestinos na Cisjordânia vivem sob o apartheid, um sistema de separação racial que prevaleceu na África do Sul até 1994.
“Num território onde duas pessoas são julgadas ao abrigo de dois sistemas jurídicos, isso é um estado de apartheid”, sublinhou.
Há quase um mês, o general reformado Amiram Levin admitiu que o seu país aplica esta política nos territórios ocupados, embora afirme que pouco se preocupa com o destino dos palestinos.
“Há 57 anos não existe democracia lá. Há um apartheid absoluto”, disse o antigo comandante durante uma entrevista à estação de rádio Reshet Bet, referindo-se à ocupação daquela região na guerra de 1967.
O partido de direita Likud, liderado por Benjamin Netanyahu, atacou Pardo na quinta-feira, considerando os seus comentários falsos.
“Em vez de defender o Estado de Israel e o Exército, Pardo calunia Israel. Pardo, a culpa é sua”, expressou a formação de Netanyahu, que chefia o governo mais direitista da história deste país, com figuras abertamente racistas e antiárabes como os ministros Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich.
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