Numa extensa entrevista concedida àquele site de notícias e meios de comunicação durante a sua participação na recente Cimeira do Grupo dos Vinte (G20), o presidente brasileiro denunciou que Cuba está sujeita a um cerco econômico, comercial e financeiro há 60 anos, portanto, a população da ilha não pode desenvolver-se da forma que deseja.
Também defendeu a eliminação da campanha contra Cuba, alegando que é um país que abriga terroristas, com os quais tentam justificar o bloqueio.
Lula garantiu que em seus mais de 30 anos de visita à ilha nunca viu centros de treinamento terrorista ou armas de destruição em massa.
Por isso, disse, na minha primeira oportunidade com o presidente norte-americano, Joe Biden, vou dizer-lhe que é preciso parar de sancionar a nação caribenha.
Não há explicações, discordei do bloqueio quando tinha 50 anos, agora tenho 77 e ainda não entendo porque continua esta política contra Cuba, acrescentou.
O presidente brasileiro criticou duramente as sanções e bloqueios aplicados atualmente contra Cuba, Venezuela e Irã.
Ele acreditava que estas políticas são armas piores que as bombas, uma vez que as suas vítimas são as mulheres, as crianças e a população em geral.
Nesse sentido, sublinhou que são necessárias regras, para mudar esse comportamento e encontrar outra forma de fazer política no mundo.
Lula especificou que o planeta deve aprender a viver em paz e harmonia, em vez de se destruir.
O presidente também se referiu a questões como a presidência indiana da Cúpula do G20 e o papel que o Brasil desempenhará à frente do bloco, os conflitos geopolíticos no planeta e o papel das instituições globais.
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