5 de November de 2024
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Suicídio nas Américas é considerado um problema de saúde pública

Suicídio nas Américas é considerado um problema de saúde pública

Washington, 12 set (Prensa Latina) Com quase 100 mil mortes por ano nas Américas, o suicídio é um grande problema de saúde pública para a região, afirmou o diretor da Organização Pan-Americana de Saúde ( OPAS), Jarbas Barbosa.

O responsável daquela agência de saúde descreveu como alarmante o aumento de 17 por cento na taxa de suicídio vivido naquela parte do mundo entre 2000 e 2019, tornando-a a única região da Organização Mundial de Saúde com esse registo.

Barbosa destacou que cada caso de suicídio é uma tragédia que atinge gravemente não só as pessoas, mas também as famílias e as comunidades, e destacou que esse transtorno pode ser prevenido, por isso apelou à geração de esperança com ações concretas para reduzi-lo.

Embora possa ocorrer em qualquer idade, em 2019 o suicídio foi a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo.

As estatísticas da OPAS também mostram que há mais tentativas de suicídio entre as mulheres, mas os homens são os que mais praticam o ato: para cada mulher que morre por esta causa na região, 3,5 homens o fazem.

Além disso, os dados disponíveis indicam o impacto desproporcional entre grupos vulneráveis, como as populações indígenas e as pessoas LGBTQI+.

O responsável da OPAS indicou que a pandemia da Covid-19 exacerbou muitos dos factores de risco para este desequilíbrio mental, como o desemprego, a insegurança financeira e o isolamento social, razão pela qual considerou abordar este fenômeno com um maior esforço coletivo.

Durante a última semana de setembro, ministros e autoridades superiores de saúde da região se reunirão no 60º Conselho Diretor da OPAS, onde debaterão uma nova estratégia para melhorar a saúde mental e prevenir o suicídio.

A iniciativa irá enfatizar a prevenção como uma prioridade para todos os países e áreas do governo e irá enfatizar a necessidade de um compromisso multissectorial para a prevenir.

As ações incluirão a restrição do acesso a meios de automutilação que uma pessoa pode utilizar, o desenvolvimento de competências de vida socioemocionais nos adolescentes e a disponibilização de serviços e profissionais de saúde mental acessíveis e integrados no primeiro nível de cuidados.

Eliminar também o estigma em torno dos problemas de saúde mental, um dos principais obstáculos à procura de ajuda.

mem/crc/ls

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