A iniciativa flexibilizaria o calendário de formação dos professores e reconheceria pontos da carreira profissional que atualmente estão bloqueados pela norma fiscal.
Em sua argumentação, a fação ressalta que a medida visa combater os efeitos do “apagão educacional” que o país está sofrendo, sequelas que não só decorreram das consequências da pandemia de Covid-19, como se baseiam nos resultados do recente Relatório Estado da Educação 2023.
A deputada Priscilla Vindas, ao defender a proposta, destacou que pesquisas sobre educação enfatizam que, para enfrentar a atual crise no sistema educacional, um dos principais desafios é fortalecer os processos de formação de professores.
Por isso, sublinhou, a iniciativa consiste em acrescentar um artigo à lei que cria o Instituto de Formação de Professores, que permitirá à entidade ter registos de que hoje não dispõe, como centros educativos onde são ministrados os cursos, lista de participantes, financiamento, resultados da avaliação de cada curso e mecanismos de acompanhamento.
Este registo será transmitido ao MEP para que possam ser elaboradas estatísticas de acompanhamento e controlo dos programas de formação de professores, disse Vindas.
A lei também é reformada para que o Instituto elabore o seu plano anual em colaboração com os sindicatos e o MEP, incluindo acções para cumprir os objectivos para os quais o Instituto foi criado.
Uma segunda parte da proposta da FA reforma a Lei Orgânica do MEP, para que os professores possam frequentar acções de formação em horário laboral, desde que não coincida com o horário das aulas, ou em horário não laboral.
Uma terceira parte da iniciativa, que altera a Lei do Reforço das Finanças Públicas, permitiria igualmente que as formações contassem como pontos de carreira, a fim de criar um incentivo que não existe atualmente, dada a proibição expressa da norma fiscal.
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