O Comandante-em-Chefe chegou a Quang Tri numa altura em que a administração de Saigon, sob a proteção dos Estados Unidos, ainda tentava negar a existência das áreas libertadas e o prestígio do Governo Revolucionário do Vietname do Sul, na sua tentativa de sabotar o Acordo, de Paris, ele quis dizer.

Segundo Huang Phong, nenhuma resposta a estas manobras poderia ter sido mais contundente “do que a presença calma e segura de Fidel em Quang Tri e os seus diálogos diretos com o povo e os líderes” do Governo Revolucionário do sul.

Referindo-se a outros aspectos relevantes da primeira e única visita de um dignitário estrangeiro às zonas libertadas em plena guerra, destacou que esta foi sem dúvida a mais alta e completa expressão da solidariedade de Cuba com o Vietnã na fase de luta, contra agressão estadunidense, pela independência e liberdade.

Esta, insistiu num texto enviado à Prensa Latina, foi uma viagem inesquecível para cubanos e vietnamitas, pois reafirmou mais uma vez o papel de Cuba como porta-estandarte do movimento internacional de solidariedade com o Vietname.

Sobre o privilégio de servir em Quang Tri como intérprete do Comandante-em-Chefe, lembrou que já teve a honra de participar ativamente no processo de desenvolvimento das relações entre os dois países quando trabalhou nos serviços internacionais da Frente de Libertação Nacional do Vietnã. Isso, disse ele, me ofereceu esta oportunidade excepcional.

Huan Phong fez parte do segundo grupo de jovens vietnamitas que em 1963 viajou a Cuba para prosseguir os estudos universitários e a partir dessa fase afirma que isso o ajudou não só a adquirir conhecimentos académicos, mas também a educar-se nas tradições de rebelião, patriotismo e internacionalismo das duas nações.

Somos um produto genuíno e puro da amizade e do espírito revolucionário cubano-vietnamita, que ao longo de quase seis décadas se tornaram construtores incansáveis e firmes guardiões desse tesouro que é a irmandade entre os nossos dois povos, sublinhou quem para os cubanos era conhecido como ” Arturito”.

A primeira visita de Fidel Castro ao Vietname, realizada de 12 a 17 de setembro de 1973, marcou o culminar de uma etapa e o início de outra nas relações de amizade e cooperação entre as nossas duas nações, considerou mais tarde.

Hoje as tarefas específicas de cada país são diferentes e evoluem de acordo com as exigências históricas. Mas há uma coisa que permanece intacta e será eterna nos laços vietnamita-cubanos: o amor e o apreço mútuos, o sentimento de gratidão e fidelidade de um ao outro, enfatizou.

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