A província do Bié (centro) acolhe as atividades centrais da data, sob o lema Juntos pelo Desenvolvimento de Angola.

Ações em prol do bem-estar da população, da produção de alimentos e de outros itens fundamentais naquela área, como café e algodão, caracterizaram o prelúdio do evento.

Entretanto, na província de Benguela (oeste), realiza-se este domingo a fase final do concurso nacional Cantando Agostinho Neto, organizado pela União Nacional de Artistas e Compositores-Sociedade de Autores (Unacsa).

O concurso pretende homenagear e exaltar a figura do homem considerado o fundador da nação, homem que sempre esteve ligado à cultura, sobretudo à literatura, o que lhe valeu o estatuto de Poeta Maior.

Esta é a segunda edição do prêmio, cuja convocatória anual visa premiar a musicalização dos poemas de Neto, bem como as composições de canções gratuitas que retratam sua vida e obra.

Neto, que foi médico, político, poeta e presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, 1962-1979), nasceu a 17 de Setembro de 1922 na aldeia de Caxicane, Icolo e Bengo, atualmente parte da província de Luanda.

Em 1959, depois de se formar médico e de várias prisões, regressou ao país, e à sua chegada começou a reunir-se com vários grupos de patriotas cujo objetivo era a libertação da colônia portuguesa.

Em 1960 foi nomeado para liderar o recém-criado MPLA em Angola, tarefa que o levou à prisão, ao exílio, a visitar numerosos países em busca de apoio à causa nacional e a orientar a luta.

Após a assinatura dos Acordos de Alvor em 1975, assinados pelo MPLA, pela Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e pela União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), bem como por representantes do governo provisório português, Regressou a Luanda no dia 4 de Fevereiro onde recebeu calorosas boas-vindas populares.

Contudo, em Agosto desse ano, o governo de transição ruiu e os três movimentos agruparam-se nas suas áreas de influência: o MPLA em Luanda, a FNLA no norte, com o apoio das forças zairenses, e a UNITA no sul, apoiada por Sul-africanos.

A 11 de Novembro proclamou a independência nacional e tomou posse como presidente da República Popular de Angola.

À frente de seu país, guiou a luta pela preservação da independência até os últimos momentos de sua vida, em 10 de setembro de 1979.

Em Dezembro de 1977, o I Congresso do MPLA atribuiu-lhe o título de Herói Nacional, enquanto a sua obra como poeta é reconhecida por intelectuais de todo o mundo e foi traduzida em inúmeras ocasiões.

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