23 de December de 2024
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G77 e China reivindicam o direito diante da Cúpula do Futuro

G77 e China reivindicam o direito diante da Cúpula do Futuro

Nações Unidas, 21 set (Prensa Latina) O ministro cubano de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, reafirmou hoje a necessidade de garantir o reconhecimento do direito ao desenvolvimento dos países do Sul Global no caminho para a Cúpula do Futuro, prevista para 2024.

Falando na reunião preparatória para esse evento organizada pela Assembleia Geral da ONU, o Ministro das Relações Exteriores insistiu no direito dos Estados do Sul, agrupados no G77 e na China, de viverem livres da fome e da pobreza como uma prioridade.

O caminho para esse nobre objetivo está indiscutivelmente ligado à mudança da atual ordem internacional injusta e excludente, enfatizou o chefe da diplomacia cubana.

Rodríguez lembrou os efeitos dos desequilíbrios existentes que se multiplicam nos países castigados pela aplicação arbitrária de medidas coercitivas unilaterais.

Essas disposições afetam um importante grupo de nações do bloco, presidido este ano pelo país caribenho.

“Qualquer que seja o resultado da Cúpula do Futuro, ela terá de conclamar os Estados a se absterem de promulgar e aplicar quaisquer medidas econômicas, financeiras e unilaterais que não estejam de acordo com o direito internacional e a Carta (da ONU) e que impeçam o pleno desenvolvimento econômico e social, em particular dos países em desenvolvimento”, acrescentou.

O evento, organizado pelas Nações Unidas, tem como objetivo melhorar a cooperação em desafios críticos e abordar as deficiências na governança global.

Ele também visa reafirmar os compromissos existentes, incluindo a Agenda 2030 e a Carta da ONU, e avançar em direção a um sistema multilateral revitalizado que possa ter um impacto positivo na vida das pessoas.

Nesse sentido, o Ministro das Relações Exteriores de Cuba advertiu que o Pacto para o Futuro, um documento derivado da reunião, deve ser estabelecido por meio de negociações intergovernamentais abertas, transparentes e inclusivas, levando em conta as opiniões de todos os Estados membros e grupos de países.

“Pedimos a todas as delegações que se envolvam em todas as negociações de maneira construtiva e evitem práticas injustas, promovidas por alguns Estados membros que buscam impor uma espécie de veto a outros em questões importantes”, rejeitou.

Em alguns desses tópicos, nem mesmo é aceitável negociar, disse ele, embora devam ser incluídos no Pacto como parte das responsabilidades.

A Cúpula deve fornecer uma plataforma para acelerar a reforma do sistema multilateral a fim de avançar em direção a um mundo mais justo, equitativo, unido e sustentável no caminho do desenvolvimento e da prosperidade para todos os países, de acordo com a Carta da ONU, enfatizou.

ro/ebr/mb

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