O aumento dos assassinatos na região ocorre apesar do estado de emergência nacional decretado pelo presidente Guillermo Lasso em 9 de agosto, após o ataque que matou o candidato presidencial Fernando Villavicencio.
O presidente da câmara de Durán, Luis Chonillo, também decretou o estado de emergência no território na passada segunda-feira devido aos elevados níveis de violência.
O chefe do executivo local solicitou apoio ao governo central para conter a insegurança, sem receber a resposta esperada, embora circulem na zona viaturas tácticas Cobra II, recentemente incorporadas nas Forças Armadas.
O Ministério da Educação também não o autorizou a mudar a modalidade das aulas, de presenciais para virtuais, a fim de evitar incidentes nas escolas.
As mortes violentas em Durán ultrapassaram 190 até agora este ano, 60 porcento a mais do que em 2022, de acordo com números oficiais.
Os meios de comunicação locais afirmam que o recrudescimento da violência se deve a uma guerra total entre os gangs de droga Latin Kings e Chone Killers pelo controlo total do território.
Esta zona tornou-se um centro de armazenamento de droga, de onde partem carregamentos de cocaína para Posorja, para serem transportados por navios mercantes ou lanchas rápidas para o norte do continente, de acordo com o portal digital Primicias.
O Presidente Lasso afirmou na quarta-feira, durante o seu discurso na Assembleia das Nações Unidas (ONU), que a violência que assola atualmente o país se deve ao “golpe causado nos bolsos dos criminosos” com a apreensão de drogas.
No entanto, especialistas apontam a falta de políticas públicas e investimentos sociais como outras causas do problema.
Em 2022, a nação sul-americana viveu o seu ano mais sangrento de sempre, com 4 mil 823 homicídios intencionais, e este ano vai terminar com um número mais elevado, com 4 mil 835 homicídios registados até agosto.
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