“A sociedade, o Governo Colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN), construiremos uma agenda de transformações para a paz, promovida a partir de uma aliança social e política, que conduza a um Grande Acordo Nacional para superar o conflito político, social, econômico e armados”, destacam no texto.
A participação da sociedade neste processo de paz não será apenas para ouvir as reivindicações e aspirações da população, mas também procurará promover diálogos e espaços de decisão que permitam chegar a acordos, para transformações para a paz, sublinham.
Afirmam ter certeza de que a participação da sociedade enriquecerá o processo de diálogo com diagnósticos e abordagens, o que lhes permitirá conquistar mais aliados para a paz e, sem dúvida, será uma importante contribuição para a conciliação política no país no perspectiva de um Grande Acordo Nacional.
“O CNP está desenhando a metodologia, abordagens e critérios para as reuniões nacionais e regionais nas quais a sociedade construirá o modelo de participação no processo de paz. Este processo de desenho será concluído em fevereiro de 2024”, detalham.
Na sua terceira sessão plenária, nos dias 9 e 10 de setembro, o CNP especificou um cronograma para processos nacionais e regionais, abordagens diferenciadas e critérios metodológicos. Da mesma forma, formou uma comissão para monitorar e garantir a participação e proteção dos seus participantes.
O plano começará com o primeiro encontro de Mídia Alternativa, que acontecerá na cidade de Bogotá na próxima quinta e sexta-feira.
“Apelamos à sociedade colombiana para que construa o modelo e o plano de participação, que garanta a todos que as suas palavras, interesses e perspectivas sejam tidas em conta”, apelam.
Ressaltam que, nesta primeira fase de desenho, os processos nacionais serão realizados de 25 de setembro a 25 de outubro, e os processos territoriais do início de novembro a 15 de dezembro.
Com a presença de mais de três mil pessoas dos territórios afetados pelo conflito armado, o governo da Colômbia e o ELN oficializaram, no dia 3 de agosto, o CNP, órgão temporário e especial composto por 81 delegados de movimentos sociais, povos étnicos , diversas organizações, sindicatos e instituições e liderado pela Mesa de Diálogo para cumprir quatro objetivos fundamentais.
A primeira é apresentar um plano conceptual, operacional e logístico para promover e facilitar a intervenção da sociedade no desenho da participação.
Promover e desenvolver espaços de diálogo com abordagem diferenciada, nos quais os diversos processos da sociedade possam apresentar as suas propostas para o desenho da participação, indica o segundo objetivo e o terceiro é sistematizar as diferentes propostas dos processos sociais denominados.
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