O vice-ministro Carlos Fernández de Cossío disse que até agora não têm informação sobre o indivíduo que lançou dois cocktails Molotov contra a embaixada na capital norte-americana no domingo.
O que fizemos foi alertar para as circunstâncias que fazem com que algumas pessoas nos Estados Unidos com tendências terroristas acreditem que podem atuar impunemente contra a embaixada cubana”, disse, aludindo ao anterior ataque com uma arma de assalto AK-47 em 2020.
De momento, insistiu, estamos a aguardar os resultados da investigação levada a cabo pelas forças da ordem norte-americanas.
Um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano descreveu o ataque de 24 de setembro como terrorista e recordou que, três anos após o primeiro incidente violento, o autor do ataque continua a aguardar julgamento.
O governo dos EUA recusou-se a classificar o ataque como um ato terrorista, sublinha o documento.
Ao mesmo tempo, sublinha a obrigação especial da nação norte-americana de adotar medidas adequadas para proteger as instalações da representação cubana, tal como estabelecido na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
O documento alerta para a mensagem que está a ser enviada sobre a atitude do governo dos Estados Unidos face a ameaças deste tipo contra esta e outras sedes estrangeiras em Washington.
A pedido da missão diplomática cubana, agentes dos serviços secretos norte-americanos entraram na sede cubana com acesso às instalações para verificar a ação violenta.
Um vídeo de vigilância divulgado no dia X pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodriguez, mostrou como, no domingo passado, o agressor chegou perto da embaixada e acendeu cocktails Molotov no local antes de os atirar contra o edifício.
Os grupos anti-cubanos recorrem ao terrorismo quando se sentem impunes, algo para o qual Cuba advertiu repetidamente as autoridades norte-americanas”, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros numa outra mensagem publicada na plataforma de microblogging.
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