O evento, que acontece pouco mais de um ano após o restabelecimento das relações entre os dois países, será realizado no hotel Tamanaco, no oeste de Caracas, e deverá gerar novas oportunidades de abastecimento em setores estratégicos.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou há semanas que o encontro servirá para continuar a refinar os planos de investimento, comércio, trabalho conjunto e integração económica entre Bogotá e Caracas.
Os dados oficiais divulgados indicaram que após o restabelecimento das relações em agosto do ano passado, o comércio colombiano-venezuelano cresceu 19 por cento até junho.
A reunião binacional é organizada pelo Ministério da Economia, Finanças e Comércio Exterior da República Bolivariana, através do seu Vice-Ministério de Comércio Exterior e Promoção de Investimentos, e pelo Banco de Comércio Exterior, e pelo Ministério do Comércio, Indústria e Turismo Colombiano através da Pro Colômbia.
O Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe também participará, segundo a mídia local.
Ontem a vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, recebeu o ministro do Comércio, Indústria e Turismo de Nova Granada, Germán Umaña; e outras autoridades para refinar os detalhes da reunião de três dias.
No dia 26 de setembro de 2022, os presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Gustavo Petro, da Colômbia, realizaram um ato cheio de simbolismo nos limites fronteiriços da Ponte Internacional Simón Bolívar, onde foi oficialmente aberta a fronteira binacional, após sete anos de fechamento.
Na sua conta na rede social X, o chefe de Estado venezuelano descreveu o dia como um “dia histórico e transcendental”.
“Estamos retomando as relações e dando passos firmes para avançar na abertura total e absoluta da fronteira entre povos irmãos: Colômbia e Venezuela. É um dia histórico e transcendental!”, expressou.
Numa reunião em fevereiro deste ano, Maduro e Petro assinaram um acordo de alcance parcial de natureza comercial, que fortaleceu ainda mais o restabelecimento das relações entre os dois países.
Um comunicado do Governo venezuelano então divulgado indicava que os acordos promoverão fundamentalmente, de forma acelerada, a complementação da produção e dos serviços, e a criação de emprego.
Da mesma forma, proporcionarão maior segurança social aos cidadãos binacionais num contexto de justiça social e de promoção da paz.
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